sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

DIÁRIO DOCENTE: REFLEXÕES PEDAGÓGICAS DA PANDEMIA

Manaus, 17 de dezembro de 2020.

REFLEXÕES PEDAGÓGICAS DA PANDEMIA



Um comentário lido no Facebook me incomoda.


“Prá quê dar FUNDEB pros professores? Não fizeram quase nada nesse ano letivo?”

O sangue ferve, emoção dói. E sabe por quê? Por causa de situações assim, ó:


Faz parte do grupo de risco por ser portador de doença crônica.

Acorda cedinho,

Prepara café para sua linda família e, enquanto toma café, já está pensando em como fazer um bannerzinho bem bacana para motivar seus alunos de Ensino Médio da periferia.

Todos alimentados, vai para o celular.

Motiva os alunos a irem para seus televisores, pegarem seus celulares, seus notebooks (que pouquíssimos têm o privilégio de ter!) para assistirem ao programa oferecido pelo Estado e ainda acompanha estas aulas!

Faz chamada pelo WhatsApp, passa orientações sobre como fazer as tarefas destas aulas na plataforma da escola.

Enquanto as aulas do programa rolam, digita o planejamento SEMANAL, preenche o formulário de HTP (ou HTPC) prepara o conteúdo, as atividades avaliativas, o material de apoio e posta tudo na plataforma.

Corrige, envia a devolutiva para o aluno, alerta nos grupos àqueles que ainda não quiseram.

Prepara para sua Coordenadora Pedagógica uma lista de alunos que sumiram do mapa, com os quais se preocupa, não só porque ficarão sem notas e de recuperação, mas se estão bem, se eles e seus familiares contraíram o novo Coronavírus, se estão empregados, a salvo da crise financeira.

Detalhe: tudo isso com internet que alguém roteia para ela!

Concomitantemente, ela já prepara o almoço da família.

Após o almoço e a colaboração familiar segue para o 2.º turno de trabalho: 

Entra na plataforma, corrige as atividades discursivas, deixa que o formulário da empresa G faça isso, atribui notas, lança o quantitativo em uma planilha específica (a esta altura já são quase 16:30!)

Alguns estudantes, perceptivelmente desmotivados, param de enviar as tarefas, simplesmente.

Outros viajam para os interiores, não são fáceis de serem localizados.

Outros, não compreendem a importância do estudo nesse cenário e, mesmo tendo condições materiais, não estudam, não fazem suas atividades, não se automotivam.

Esta rotina se estende assim até o final de ano.

Do outro lado, na escola, os colegas em trabalho presencial não vivem realidade diferente. São muitas as demandas!

Planos anuais estão feitos? E os do 1.º bimestre? E das 20 semanas do período de isolamento? E os formulários de registros das Horas de Trabalho Pedagógico? E como será o retorno às aulas presenciais?

Planejamentos são revistos, repriorizados, reconfeccionados.

Agora são mensais – maioria comemora: “- Menos formulários! - Menos mau!”

Mas ainda temos Diários de Classe – manuais, ao invés de digitais (enorme retrocesso!), Fichas cumulativas, aparatas (registros das médias bimestrais).

Avaliações diagnósticas, análises de resultados de rendimento, planejam intervenções para que os alunos aprendam pelo menos o mínimo NECESSÁRIO.

Recuperação do 2.º bimestre, do 3.º, do 4.º, Recuperação final! (Quase um Ufa!)

Aluno faz. Aluno não entrega. Aluno sumiu desde o decreto do período de isolamento. Onde está? Aluno parou de frequentar.

Desde março gestores, pedagogos, coordenadores, professores, não param de usar o telefone em busca de seus pupilos para que ovelha alguma deixe o rebanho, para que ninguém fique para trás!

Responsável não atende. Telefone não existe. Ninguém conhece aquelas pessoas naquele número.

Manda mensagem pelo WhatsApp, por SMS, Messenger, Direct, perguntemos aos colegas de sala, peçam sinal de fumaça, visitem as casas, motivem os meninos!

Ainda assim há quem não queira fazer NADA.

Alguns são encontrados: pai falecido; mãe adoentada. Tutores desempregados... meninos indo mais cedo para o mercado de trabalho.

Desmotivação que sobe, sonhos que quase descem ladeira abaixo.

Professores e pedagogos viram psicólogos, colo à distância, conselheiros, tutores, coachs.

Isso tudo enquanto aprendem a ser Tik Tokers, YouTubers, dominar o Jamboard, o Formulários, o Docs, o Classroom, o Meet, a fazer lives, imprimem tarefas a quem nem um celular tem e muito mais ferramentas que lhe possam ofertar!

Nos tornamos atores, sendo ainda filhos, companheiros, pais, irmãos, tios, primos, indo para além de todas as nossas capacidades, competências e habilidades!

Ensinamos os pais a ensinar, porque muitos não sabiam mais como lidar com seus filhos por tanto tempo em casa!

Reensinamos nossos meninos a sonhar e a traçar seus projetos de vida e, nesse meio tempos, reaprendemos a repensar os nossos próprios projetos, porque não sabíamos se amanhã ainda teríamos VIDA.

Atendemos nossos alunos já sem organização alguma muuuuuito além de nossos horários de trabalho pelas manhãs, tardes, noites, madrugadas, pontos facultativos, dias santificados, finais de semana, nas reuniões de família!

E ai de nós se desligarmos nossos celulares! Há quem esperneie e reclame porque não foi atendido!


Tivemos perdas reais.

Choramos dores reais.

Vivemos a ansiedade, a depressão, noites e noites de insônia, dores de estômago, as lesões causadas por movimentos repetitivos, dores de coluna, cabelos ainda mais esbranquiçados; alguns ganharam uns quilos a mais; outros, uns quilos a menos.

Todos ganharam novas experiências.


Os abraços ganharam mais valor.

A lágrimas, mais relevância.

O simples toque virou alento prá alma.

O olhar, a mais bela forma de comunicação!


Assim foi nosso ano letivo de 2020: muito, mas muuuuuito trabalho!

Mas também de ensinamentos infindos, de riqueza moral imensurável!


Em vista de tudo isto ainda há quem diga que em 2020 “o professor não fez nada!”


A estes, mandamos beijos no ombro, uma banana e a certeza de que o magistério, a docência é lugar somente para gente FORTE, DETERMINADA, RESISTENTE e HUMANA.


Nesta pandemia, vocês foram e são meus heróis, assim como aqueles que estão nas diversas unidades de saúde e segurança, guerreando por nosso bem estar e nossas vidas todos os dias.


A vocês, dedico minha gratidão e 


Vanessa Lima de Almeida.

Pedagoga.

quinta-feira, 16 de julho de 2020

EXCESSOS PEDAGÓGICOS NA QUARENTENA

Nos dizem a vida toda que tudo que é demais faz mal.
Não é sem razão!
Açúcar demais (e outros fatores) favorece o desenvolvimento de diabetes.
Sal demais (e outras determinantes) propiciam o desenvolvimento de hipertensão.
Gorduras alteram os índices de colesterol e assim vai, não é?

O mesmo acontece com a oferta de atividades e tarefas nesse período de isolamento e de ações não presenciais.

Educadores, Pais, entendam: mais vale 01 única proposta rica e amplamente explorada que uma centena de tarefas que não vão produzir aprendizagem real, mas uma estafa, um esgotamento no estudante, seja ele da Educação Básica ou do Ensino Superior. 

Somos ainda herdeiros de uma educação tradicional, conteudista, que oferecia tarefas para serem resolvidas de maneira mecânica.

"- Ah mas deu certo comigo!" - dirão alguns pais e professores.

Ótimo!

Mas esse modelo NÃO ATENDE MAIS AS NECESSIDADE REAIS DO MUNDO DO TRABALHO, DA VIDA COTIDIANA E O UNIVERSO DO ENSINO SUPERIOR!

O mundo mudou e a gente precisa mudar!

Ao propor uma tarefa a um aluno é necessário:

1. Escolher com muito critério o objeto de conhecimento.

2. Analisar a relevância da pauta para o crescimento dele nos 03 segmentos/objetivos da educação nacional.

3. Selecionar que competências e habilidades cognitivas e socioemocionais o aluno vai precisar mobilizar e desenvolver enquanto executa as leituras, as pesquisas em artigos previamente orientados pelo docente, a escuta de podcast, a busca por vídeos.
Onde eu encontro isso?
BNCC;
Diretrizes curriculares nacionais de cada nível de ensino;
Referenciais curriculares do seu Estado (aproprie-se delas! É seu dever!)
Matriz do Saeb;
TasMatriz do Enem.

4. Através do objeto de conhecimento, propor atividades provocadoras, instigadoras, que mexam com a curiosidade e a criatividade!

Chega de mais do mesmo, do "copiar + colar" de tarefas prontas sem ligação com seu perfil de aluno!

E mais:

Oriente com clareza e simplicidade!

Parcerias com colegas de outros componentes, disciplinas são perfeitamente possíveis e aceitáveis!

Nesse contexto, o equilíbrio é necessário e essencial para um possível sucesso pedagógico.

Reflita a respeito disso.


Pedagoga Vanessa Almeida

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Avaliação Diagnóstica: Vantagens e Possibilidades

Início das aulas.

Um mundo novo de possibilidades se apresenta a estudantes e professores.

Mas, para que a possibilidade de que exista aprendizagem real se concretize é necessário exercer algumas artes:

- A de observar sem interferir;
- A de observar depois de propor uma tarefa ou um desafio a ser solucionado individualmente, em pares ou em grupos;
- A de se garimpar que saberes, que habilidades o educando trás consigo.

Esse é o momento de sondar.

A avaliação diagnóstica não é uma ação em que se lançam atividades e se descobre o que o aluno sabe ou não.

Vai muito além disso.

É preciso observar se ele enxerga bem, se tem boa acuidade visual; se sua audição é comprometida, assim como sua forma de compreensão.

Seu desenvolvimento físico e motor são também muito importantes!

A forma como crianças e adolescentes apreendem, guardam os conhecimentos também.

Fatores como falta de rotina regrada no lar influenciam em questões como sono, desatenção, falta de foco e queda de produtividade.

Condições que colocam os jovens em vulnerabilidade como fome, desnutrição, desajustes e conflitos familiares, ter sido vítima de assédio, abuso sexual, bullying também influenciam negativamente, assim como questões de falta de saúde mental como automutilação e depressão juvenil.

Por isso, querido colega Professor, dedique não só as primeiras semanas de aulas, mas o ano todo, ao cultivo só hábito de observar com atenção suas turmas.

A qualquer tempo um aluno pode ter problemas para se concentrar, compreender.

O olhar atento permitirá que Coordenação Pedagógica e Gestão/Direção chamem os Responsáveis para conversas e encaminhamentos para resolver as dificuldades apresentadas.

Assim, se o aluno estiver bem, será possível a ele aprender bem.

Pense bem nas atividades que você irá desenvolver.

Leia a BNCC e os Referenciais curriculares de sua rede de ensino, do nível de ensino em que você trabalha e do nível anterior.

A leitura dos marcos referenciais dos níveis anteriores permitirá a você saber o que os alunos DEVERIAM saber.

Com base nisso, planeje atividades diversificadas que permitam saber que campos de domínio, que competências precisam ser melhor trabalhadas, desenvolvidas e que competências ele já desenvolveu. 

Se você não tinha esse hábito, esse modo de olhar, vale a pena agregar essa ação a sua prática pedagógica, pois é através dela que você terá um diagnóstico, um tipo de Raio X do aluno e da turma e poderá produzir as intervenções necessárias para minimizar ou até mesmo sanar as dificuldades apresentadas.

O processo de intervenção é a proposição de ações e atividades que resgatem saberes, consolidem aprendizagens, reforcem conceitos e ocorre num processo imediatamente posterior, concomitante à sondagem e ao diagnóstico, permitindo nivelar, ainda que minimamente, o grupo, a turma.

Adote essa prática e você verá o quanto ela pode auxiliar no alcance de seus objetivos educacionais.

Bom ano letivo.

Pedagoga Vanessa Almeida.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Alerta: NOSSOS ALUNOS PEDEM SOCORRO! Precisamos de suporte emocional nas escolas.

Decorridos os terríveis eventos em Suzano/SP, um fenômeno preocupante tem surgido em diversas escolas pelo país: alunos pedindo socorro!

Sim. Isso mesmo que você leu: ALUNOS PEDINDO SOCORRO!

Alunos de diferentes faixas etárias vêm pedindo ajuda para lidar com questões emocionais.
Relatam insônia, tristeza profunda, falta de vontade de viver.

Alguns relatam desejo de tirar a própria vida. Outros mostram membros do corpo mutilados, raiva extremada, comportamento agressor, facilmente irritáveis, irascíveis.

O quadro é assustador para quem vive dentro de escolas com número de alunos elevado.

O que levou nossos estudantes, filhos, sobrinhos, netos, amigos a isso?


sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Aula desinteressante, aluno desinteressado

De 2003 para cá vi muita coisa em salas de aula e fora dela também e, acreditem, tudo isso me ensinou.

Mesmo quando ainda era educadora na igreja da qual fazia parte nunca fui uma educadora lá muito comum: eu era o sargento, mas também a que, ao final das escolas bíblicas desatava a correr e brincar com meus alunos. Eu era a professora séria que, ao mesmo tempo compartilhava com meus alunos as dores mais íntimas do meu ser porque já naquela época, ainda que intuitivamente, cria que só posso formar um ser humano seu for um também.

Pois bem, já nesta época, sem ter tido ainda contato com a Pedagogia e todos os conceitos dos quais tenho me apropriado, eu via que aulas desinteressantes resultavam em salas vazias nos domingos pela manhã.

Eu decidi que não queria uma educação fechada, onde o aluno seria um ser passivo que apenas receberia conhecimentos meus, sem nada ter que acrescentar.

Não. Eu via a educação tal qual vejo hoje: que o aluno tem muito que acrescentar, que posso aprender algo novo com ele.
Ainda ouço um jovem presbítero da igreja (com um baita espírito de velho) me dizendo: "-Então, quer dizer que, para dar uma boa aula é preciso ser palhaço?"

Se ele de fato compreendesse a educação saberia que às vezes sim, é necessário ser um pouco palhaço para atrair para si seu público alvo. Mas que é possível fazer isso sem cair na ridicularização do ser.

Eu aprendi, desde essa época, que quando uma aula é desinteressante, quando os alunos não veem uma boa razão para estar onde estão e para aprender o que é proposto eles se tornam desinteressados.

Quem gosta de estar em um lugar maçante, com gente maçante?

Não é preciso novos recursos, métodos e técnicas com novos nomes para se fazer uma aula interessante!
Não!
É preciso algo mais simples: planejar.

Quando eu planejo minha (s) próxima (s) aula (s) eu já me vejo imaginando a turma, o que ela já deve saber, o que eu posso trazer de novidade, que recursos eu vou poder usar mesmo havendo uma série de limitações, o tempo que eu tenho, as atividades que posso propor para saber se de fato meus alunos apreenderam o que era necessário guardar na mente e na alma.

Sim... quando eu ensino, aprendo.
E, para mim, o ensino e a aprendizagem são uma relação constante, dialética, dialógica, são trocas que extrapolam o físico, o racional e transcendem para o subjetivo e para o metafísico, para os lugares mais intrínsecos do ser.

Para que eu propicie uma aula interessante preciso pensar em meios, em formas de ensinar dinâmicas, que de vez em quando tire meus alunos da sala de aula, que os leve a outros ambientes da escola, ou que mude a sala de aula e a transforme em um outro ambiente.

Nos meus primeiros anos de magistério me encantava em chegar mais cedo à escola e trocar as posições das carteiras e ouví-los indagar como estaria a sala naquela semana, como se aquilo fosse a melhor das recepções do mundo! 

Ensinar, para mim, é como contar uma história estando eu mesma dentro dela e empurrando cada um dos meus alunos a estas histórias e, com ela vivenciar e se deliciar com cada momento até o sinal do fim da aula soar.

Ouso me gabar de que nunca tive um só aluno dormindo em minhas aulas!

E vou além: nos domingos pela manhã,mesmo no frio intenso e nas chuvaradas da Baixada Santista, interior de São Paulo, minhas turmas eram cheias: cheias de alunos ávidos e peraltas, cheios de coisas para falar,perguntas para muitas para das quais nem sempre eu tinha a resposta, mas cuja perspectiva das mesmas os atraía a estar no domingo seguinte comigo para saber ou dar a tal resposta e iniciarmos nossos debates e trocas de saberes e ideias.

Eu não tinha retroprojetor, não tinha data show, nem sempre tinha material para trabalhar. O mesmo ocorria na escola regular. Mas isso nunca me impediu de trabalhar e ir além dos meus próprios limites.

E por isso me entristece, me aborrece e me indigna ver os novos professores que se lançam ao magistério que não encantam, não prendem a atenção de seus próprios alunos e são maçantes, chatos, desinteressantes.

Espero eu que eles aprendam depressa a encantar para, assim, resgatar os alunos irrequietos de seus momentos de idílio.

Até lá.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Google Allo na escola

Resultado de imagem para imagem logo google allo
O Allo é mais novo aplicativo de mensagens da Google que ajuda você a dizer e fazer mais. Expresse melhor seus sentimentos com adesivos e desenhos, além de texto e emoticons ENORMES.
Ele tem as mesmas funcionalidades que o internauta já conhece do WhatsApp, Messenger e Telegram, mas promete funções exclusivas, devido a um sistema de inteligência artificial de apoio nele existente.
O programa estava em período de testes, mas foi liberado recentemente para parte dos usuários.
No Brasil, porém, ele funciona com a interface somente em inglês, sem opção de mudar para português.
O Allo tem todos os recursos que os outros mensageiros têm:
  • Mensagens de texto;
  • Mensagens de áudio;
  • Envio de mídias;
  • Uso do Google Assistant para acessar funcionalidade do Google Tradutor ou Maps, a barra de pesquisas, encontrar imagens ou fotos dentre outras funcionalidades.
Seu diferencial é que ele promete tornar a conversa mais produtiva, ajudando o usuário a encontrar informações, fazer planos e se expressar melhor.


O Google Assistente
O Google Allo inclui o Google Assistente, que é uma função que permite ao Google participar da conversa também, como se fosse um robô. Sempre que o usuário digitar "@google", o Google Assistant é acionado. A partir daí, é possível usar ferramentas do buscador, como o:
Além disso, o assistente ajuda a:
  • Planejar eventos com os amigos;
  • Se manter informado sobre temperatura e trânsito;
  • Compartilhar vídeos do YouTube;
  • Jogar com os amigos da conversa.
O assistente do Allo funciona de forma parecida com os chatbots do Facebook Messenger. A diferença é que o mensageiro do Facebook não tem um robô próprio, mas abre para que outras empresas ofereçam o recurso.
Como diferencial o Google aposta, além do assistente, em recursos como respostas inteligentes, com sugestões de respostas para uma mensagem, envio de fotos, emojis e stickers. O mensageiro também permite alterar o tamanho do texto da mensagem.

O aplicativo não usa criptografia, como o rival WhatsApp, porque fornece informações ao Google na hora das buscas. No entanto, o Allo também tem uma preocupação com a privacidade do usuário. O mensageiro tem um modo incógnito, com bate-papo anônimo, que apaga os dados dos servidores do Google e dos celulares dos participantes quando a conversa é fechada. Ainda é possível escolher por quanto tempo essas mensagens ficarão disponíveis.


O Google Allo na escola

Pensando no contexto educacional, a aplicabilidade do Allo pode ir desde a criação de um ambiente para interação com a equipe escolar, grupos exclusivos a pais de e somente a alunos.
No primeiro grupo pode-se pensar no seu uso de acordo com o que já sugeri no artigo sobre o Hangouts: uma ferramenta para a equipe escolar dialogar entre si durante o exercício profissional ou para passar avisos, informes, lembretes de eventos, tarefas a serem cumpridas ou mesmo trocar ideias para melhorar uma aula.
Isso não elimina as comunicações oficiais pré-estabelecidas por leis trabalhistas vigentes, mas diminui o tempo de troca de informações, o que dinamiza o trabalho.
Tratando de grupo de pais, ele se torna um aliado também na passagem de informações, convites aos pais para reuniões com coordenação ou professores para saberem sobre o desenvolvimento individual do aluno. Também para convidar para os eventos da escola. Assim não haverão problemas com questões como pais que não tem tempo pra ler as agendas dos filhos.
Em casos como ocorrências de indisciplina nas escolas, alunos de Ensino fundamental II e Médio que ainda levam o famoso “bilhete” para casa, mas não o entregam aos pais e nem possuem agenda, o informe via aplicativo pode servir para alertar aos responsáveis de possíveis omissões dos próprios filhos, levando-os a procurarem a escola para investigar o que ocorre com o estudante.
Em casos de grupos de alunos, pode ser uma ferramenta de reunião entre professor e alunos para aumentar o diálogo entre eles.
Hoje vemos mais professores dispostos a interagirem por estes meios com os estudantes.
Lá o professor pode enviar datas de eventos, ocorrências de grupos de estudos, prazos para entrega de trabalhos, tirar dúvidas, enviar feedbacks sobre assuntos diversos dentre outras muitas funcionalidades que a criatividade permitir utilizar.
Muitos colegas dirão que não são pagos para atender aos alunos fora de seu horário de trabalho - e eles têm razão!
Mas o tempo/período de uso da ferramenta pode ser estipulado pelo próprio docente por meio de mensagens fixadas nos grupos, restringindo assim o seu uso para o tempo estipulado pelo grupo e, fora desse período o docente tem a opção de silenciar o app.
O mais importante é salientar que o Allo vem para somar às ferramentas Google ligadas à comunicação e à interação rápidas entre pessoas e grupos.
Esperamos ela acrescente muito mais ao trabalho pedagógico!
É só baixar e testar suas inúmeras possibilidades.
Até!

REFERÊNCIAS:


__________, https://allo.google.com/. Acesso em 02 de novembro de 2016.
BATISTA, Aline. Google Allo chega ao Android e iPhone com assistente virtual e modo anônimo.  http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2016/09/aplicativo-de-mensagens-allo-chega-para-android-e-iphone-com-google-assitant.html. Acesso em 02 de novembro de 2016.
__________, Google Allo é lançado no Brasil; conheça o novo app rival do WhatsApp. http://tecnologia.uol.com.br/noticias/redacao/2016/09/23/google-allo-e-lancado-no-brasil-conheca-o-novo-app-rival-do-whatsapp.htm. Acesso em 02 de novembro de 2016.




sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Organizando o trabalho com o Google Keep


keep.png

Registre o que você está pensando

(e organize sua vida)
Adicione notas, listas, fotos e áudio ao Keep.


Quando e onde você precisa

Precisa se lembrar de fazer compras? Defina um lembrete com base no local. Assim que você chegar à loja, sua lista de compras aparecerá. Precisa terminar uma tarefa? Defina um lembrete com base no horário para nunca perder nada.
O Google Keep é um aplicativo de notas para salvar ideias em forma de texto, lista, foto e até áudio. O app é gratuito e está disponível para celulares com Android, iPhone, Google Chrome e PCs, na versão web. O conteúdo dos lembretes pode ser variado, ou seja, permite misturar texto e áudio, por exemplo.

google-keep-01.png
google-keep-3.jpg
keep 1.jpg


Digitação por voz

Está sem tempo para digitar?
Isto não é um problema!
Basta segurar no botão correspondente a Notas de voz e tudo o que você ditar será prontamente transformado em texto de forma rápida, prática e eficiente.

google-keep-09.png google_keep7.png


Chega de esquecer de eventos, compromissos e tarefas!

Você pode ativar o modo Lembrete para que o Google Keep te “lembre” que você tem um compromisso, uma medicação para tomar, tarefas a cumprir num determinado prazo.
Basta agendar quando será o evento, quando você quer ser lembrado e até quando.
O Keep envia notificações em todos os dispositivos que você utiliza e no Gmail.

Para cada nota é possível inserir uma imagem.
Assim você terá um lembrete visual, capaz de o auxiliar em suas metas e tarefas.

google-keep-8.jpg

Surgiu uma ideia para uma atividade, trabalho, artigo?
O Keep pode ser um excelente meio de registrar isto.

Quer fazer uma lista de tarefas em que você possa “riscar”, “eliminar” o que já foi concluído?
Basta acionar a ferramenta Caixas de seleção e, à medida que você concluir uma, basta marcar a caixa e imediatamente o Keep elimina da lista a etapa cumprida.

Você pode classificar diferentes Notas por cores.

google_keep2.jpg google-keep-5.jpg

google-keep-13.jpg google-keep-08.png


A mais nova ferramenta é a marcação dos eventos prioritários.
Marcando na ferramenta Marcador você poderá deixar as prioridades sempre no topo das Notas, não perdendo mais o foco do que realmente é importante.

É possível, com um único app no dispositivo, acessar aos lembretes de trabalho de maneira separadas dos lembretes pessoais.
Basta configurar as contas Gmail correspondentes no Gerenciamento de contas existentes no próprio Keep.


Compartilhe suas opiniões com a família, os amigos e colegas



Tem compromisso com um colega ou grupo de colegas?
É possível compartilhar um lembrete com quantas pessoas quiser!
Basta que todos tenham uma conta Google também.

Na próxima vez que você for ao mercado, compartilhe sua lista de compras no Keep e veja como os itens são marcados como comprados em tempo real. Sem necessidade de ficar trocando mensagens de texto. Faça todas as suas tarefas com mais rapidez.

Sempre ao alcance


O Keep é compatível com seu smartphone, tablet e computador. Tudo o que você adiciona ao Keep é sincronizado em todos os dispositivos. Dessa forma, o que é importante está sempre com você.
A sincronização em todos os dispositivos requer conexão com a Internet.

De acordo com o techtudo - referência em avaliações de tecnologias

O app se destaca por ser muito fácil de usar e ter um visual minimalista. Tanto no Android quanto no iOS, nada muda. Assim que o usuário o abre, encontra todas as notas mais recentes. Ter um botão para cada tipo de nota agiliza o processo e faz o usuário ganhar um tempo precioso.

E mais:

Nos testes feitos pela equipe de avaliação, foi possível notar que o serviço é projetado para quem precisa anotar recados em situações de movimento. Um exemplo disso é o recurso de áudio, que permite gravar uma nota de voz rapidamente, com apenas uma mão. Facilita para quem está andando na rua, ou em pé no metrô, e não quer perder uma ideia ou lembrete.

De acordo com o site, o Keep é leve e fácil de usar.


E o que eu, educador, tenho a ver com isso?


Para quem precisa estar sempre se organizando, como professores, gestores e pessoal administrativo (ou quem gosta de estar com a vida em ordem!) ele pode ser uma excelente de ferramenta de trabalho na atribuição, divisão, acompanhamento de tarefas e compartilhamento destes lembretes, otimizando as relações de trabalho e dando praticidade em nosso dia a dia.

O uso pode ir além e entrar nas salas de aula, otimizando a vida dos alunos também!

Basta usar a criatividade e fazer acontecer!

Smile, Ball, Yellow

Referências:


_______, http://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/google-keep.html. Acesso em 27 de outubro de 2016.


_______, https://www.google.com.br/keep/. Acesso em 28 de outubro de 2016.